sexta-feira, 15 de julho de 2011

A discussão do potencial do Brasil no BRIC e comércio Internacional

A discussão do potencial do Brasil no BRIC e comércio Internacional

The discussion of the potential of Brazil and the BRIC International trade

José Robson Nunes Gomes1

1 Graduando do curso de Ciências Econômicas das Faculdades Integradas de Patos (FIP)

RESUMO

Nos últimos anos temos grandes debates sobre a inclusão ou não dos países em blocos econômicos e/ou em acordos que venham versar sobre o comércio internacional. Para estas discussões temos que analisar claramente os pontos positivos e negativos que irão impulsionar as exportações e importações dos países. A observação da dinâmica dos países desenvolvidos é bastante importante para analisar as proposições, visto que os mesmos são considerados importantes para as relações comercias. Organizações bem planejadas irão levar os países em desenvolvimento para um futuro desenvolvimento. A questão do Brasil na iniciativa BRIC é considerada como fundamental para a comercialização das exportações, pois irá criar um mercado consumidor mais confiável e mais estável.

Palavras Chaves: Brasil; BRIC; países desenvolvidos; organizações.

ABSTRACT
In recent years we have great debates about the inclusion or exclusion of countries inregional economic blocks and / or agreements which may relate to international trade.For these discussions we must clearly analyze the strengths and weaknesses that willboost exports and imports of countries. The observation of the dynamics of developed countries is very important to analyze the proposals, since they are considered important for trade relations. Organizations well planned will lead developing countriesto a future development. The issue of Brasil in the BRIC initiative is regarded as centralto the marketing of exports, as a consumer market will create more reliable and stable.

Keywords: Brasil, BRIC, developed countries; organizations.

1. Introdução

Observarmos o quanto nas conversões internacionais é importante uma relação entre as nações para que venham favorecer um bom estímulo ao crescimento mútuo. O fato de as nações se organizarem para promoverem desenvolvimento vem do principio “a união faz a força”.

Para isso temos o conceito de crescimento econômico que segundo Clemente, que crescimento é quando o país tem aumentos significativos quantitativamente da produção e da renda, ou seja, é quando o país produz mais, quando seu produto se eleva a cada período, quando seu PIB (Produto Interno Bruto) se eleva.

O crescimento econômico tem sido tema freqüente de pesquisas econômicas, desde o início da Economia moderna. Autores clássicos como Smith, Ricardo e Marx foram pioneiros no estudo do crescimento. Na principal obra de Smith, A Riqueza das Nações, publicada em 1776, o tema em destaque é o crescimento econômico. Ao se analisarem as obras de Marx, pode se dizer que ele foi basicamente um teórico do crescimento.(OLIVEIRA,2009)

Quando existe uma organização em torno de um único objetivo, podemos encontrar com maior facilidade um crescimento econômico mais concentrado, fazendo com que os países venham promover uma melhor qualidade de vida para as pessoas. Para isso iremos observar o potencial do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), no cenário mundial, através da analise de dados e opiniões que visão dar entendimento e embasamento para as discussões que virão a ser debatidas.

2. Estados Unidos e Europa versus o BRIC

Os atuais pólos de poder existentes na Europa e na América do Norte estão sujeitos a sofrer uma perda relativa de seus poderes militares e econômicos, inclusive a dominação da cultura ocidental e seus valores é contestada. O crescente protagonismo das potências emergentes na economia mundial e na governança global após a bipolarização tem sido discutido sob os rótulos de potências emergentes, grandes potências, potências médias e Estados centrais (Chase, Hill e Kennedy: 1996; Schoeman: 2003; Hakim: 2004; Soares de Lima e Hirst: 2006; Hurrell: 2006; Flemes: 2008; Cox: 2007; Ikenberry: 2008; Zakaria: 2008 apud FLEMES,2010).

Segundo Flemes os EUA e a Europa vêm sofrendo grandes influencias negativas em suas economias, graças ao bom desempenho dos acordos firmados nos países emergentes a respeito da dinâmica na economia internacional, principalmente no comércio internacional, onde os países intensificam suas produções para as exportações e faz boas relações para adquirir importações ao nível de preços considerados “ótimos” para os países que fazem parte dos acordos.

O autor retrata que os EUA juntamente com países da Europa vão montar uma estrutura para tentar diminuir a potencia dos países que estão se organizando em “blocos”, fazendo com que os bens e serviços produzidos pelos desenvolvidos não venham a perder o mercado, e faça uma redução no poder de competitividade dos produtos dos países emergentes. Isto porque estas potências são grandes detentoras na compra das exportações destes emergentes, podendo até impor altas taxas de importações para barrar a compra dos bens produzidos pelos emergentes.

No entanto com a organização, temem que os países emergentes criem uma forma de “cartel”, que irá impor a sociedade os pontos que afirmam serem os melhores para o comércio. E isto irá criar uma polarização multi-regional, que para alguns autores irá ser prejudicial para a economia internacional.

O grande potencial do Brasil em relação aos integrantes do BRIC, é que o mercado consumidor interno é bem dinâmico, e proporciona para o mesmo um poder de embargo maior em relação aos outros, visto que os demais sentem influencias negativas dos seus países vizinhos, que são potencias e tendem a induzirem o comercio local.

Para o autor, o Brasil tem um grande empecilho para ser considerado potencia mundial, na qual menciona que:

...quatro critérios que caracterizam uma grande potência: 1) a capacidade de contribuir para a ordem internacional; 2) coesão interna que permite a ação do Estado eficaz; 3) poder econômico, tais como níveis elevados de crescimento econômico ou um grande mercado; 4) poder militar, com a capacidade de competir com outras potências dominantes em uma guerra convencional. E o Brasil, definitivamente, não atende a este último critério. (Hurrell,2006 apud FLEMES,2010)

Entendendo melhor, temos que a questão do potencial militar é que traz o Brasil como “deficitário” para a competitividade no mercado internacional, pois quando se trata de defender com “unhas e dentes” a nação, ficamos sem ter uma grande força para defender a nação.

Nosso exercito em relação ao dos EUA e de alguns países da Europa, é bastante rudimentar, visto que nossos armamentos não são o melhor que poderíamos ter, nossos carros de guerra são de um período bem remoto em relação aos deles, nossos navios de guerra na maioria das vezes foram comprados destes países, pois os mesmos não mais necessitavam, ou já estavam depreciados para os mesmos.

Por estas e várias outras razões, é que a influencia de um exercito estruturado, faz com que o país venha segundo Flemes tornar-se potencia, e mantenha sua a mesma sem a ameaça dos demais, simplesmente porque eles têm potencial militar bem mais elevado.

Países emergentes não tendo como influenciar com o seu potencial militar fazem demonstrar para o próprio país e para o mundo que não são mais emergentes e sim em desenvolvimento, estão com a ajuda de outros tentando chegar a um país desenvolvido, para manter o nível de confiança das pessoas. É comum segundo Flemes, os governantes afirmarem em seus discursos que o país vai bem, que a economia anda em passos largos, que está buscando melhorias juntamente com as grandes potencias, entre tantos outros.

Não se pode esperar o declínio completo da superpotência a qualquer momento do futuro próximo. Pelo contrário, a distribuição global das capacidades militares, econômicas, de investigação e de desenvolvimento indica uma unipolaridade sistêmica que pode durar por muitas décadas. Em particular, a superioridade militar dos Estados Unidos é muito acentuada e sua indústria bélica está beneficiando-se dos crescentes retornos de escala. Adicionalmente, a mudança de governo dos Estados Unidos poderia dar a legitimidade internacional que acabou por desaparecer durante a administração de George W. Bush. Barack Obama pretenderá restaurar a autoridade moral dos Estados Unidos. (Ikenberry, Mastanduno e Wohlforth: 2009; Caverley: 2007; Slaughter: 2009 apud FLEMES,2010)

Com isso, temos que para torna-se uma potencia, o país não deve querer esperar que outro decline para depois sobre as cinzas emergir no cenário econômico mundial. Para isso, um país que deseja ingressar no ciclo de comercio internacional, o mesmo deve se estabelecer na ordem internacional vigente, pois segundo Flemes aceitar é bem fácil que derrubar.

3. Formação de alianças nas instituições Globais.

Historicamente, a política externa brasileira pode ser dividida em duas tradições. A primeira enfatiza as relações com os Estados Unidos e a Europa , com o intuito de promover o comércio bilateral e receber reconhecimento internacional. A segunda baseia-se na identidade brasileira de país em desenvolvimento, e pretende construir uma rede de ‘terceiro-mundismo’ (Rezende Martins e Gomes Saraiva: 2009; Hirst: 2006; Jaguaribe: 2005 apud FLEMES,2010).

O principal objetivo na união de economias é diminuir o impacto causado pelas outras, de modo a tornar o produto nacional bem mais competitivo no cenário mundial e/ou aumentar o consumo pelos seus produtos. O Brasil se destacou bem nas duas preliminares apontadas, pois o mesmo quer influencia para vender o seu produto e ao mesmo tempo o torna mais competitivo, pois com grande mercado consumido, irá influenciar positivamente no preço dos bens e serviços ofertados por nos.

Brasil e outros países ditos em desenvolvimento chegaram a essa classificação graças também aos mesmos terem sido capazes de se aglomerarem em blocos econômicos, que defendem o interesse de todos e promovem desenvolvimento econômico de maneira sistemática. Quando decidem sobre as relações vigentes entre os mesmos e suas transações com o resto do mundo.

Podemos destacar algumas articulações nas quais o Brasil participa: G21, o IRAS e o BRIC, desse modo garantindo soberania nacional, flexibilidade e independência para a política externa brasileira. Temos que com a grande influencia do Brasil nessas articulações, estamos garantindo boas relações entre os países que compõem a “cúpula” do mercado internacional.

4.Perspectivas da iniciativa BRIC

A maior iniciativa do grupo BRIC é criar um mecanismo de integração entre os países, que venha resultar num programa para a coordenação futura, onde os países possam planejar de maneira coerente os desafios a serem enfrentados na alavancagem do processo de inserção no mercado internacional, como grandes potências.

Uma grande feição para o BRIC segundo FLEMER, é que seja criada uma moeda alternativa, ou a moeda de um país seja considera global, visto que a mesma deva ser forte. É importante salientar que para venha ocorrer, os países deve observar bem os pontos positivos e negativos, que ocorreram tanto no padrão-ouro, no sistema Bretton Woods, entre outros, porem estes dois mais importantes, pois foram os deram base ao comercio internacional no âmbito da negociação com uma moeda única.

Para que venha ocorrer esta intensificação de uma moeda, é importante que os países tenham voz ativa nas instituições financeiras internacionais. Podemos garantir que os desejos dos países possam ser analisados e discutidos de maneira bem mais significativa.

O mais claro e importante interesse comum dos países BRIC é sua demanda por uma maior representação e voz nas instituições financeiras internacionais, incluindo as designações dos dirigentes destas instituições com base em méritos e de forma transparente. Agora que os países BRIC representam 22% da economia mundial, o presidente Lula da Silva declarou que chegou o tempo de as instituições multilaterais refletirem esta importância e que os países BRIC devem trabalhar em conjunto para “mudar a geografia política e comercial do mundo” (Reuters, 10 junho 2009, apud FLEMES, 2010).

5.Considerações Finais

Sabe-se que a organização institucional dos países leva sempre a uma boa estruturação financeira entre os mesmos. Para tanto, devemos analisar sempre os pontos positivos e negativos das relações e acordos firmados entre eles.

É importante salientar que um país deve impor também nas relações que venham a ser feitas e deve apenas assumir um acordo, quando os benefícios forem maiores que os males. Portanto, para o Brasil, no momento, devem acontecer acordos que venham melhorar o potencial produtor e minimizar as diferenças entre os países desenvolvidos.

Desse modo, temos que ao tentar chegar no “padrão” dos países desenvolvidos, estamos nos desenvolvendo, e fazendo com que o nível de bem-estar das pessoas seja maximizado.

Os países BRIC vêm intensificar suas prioridades, para que estas sejam aceitas na comunidade internacional. No Brasil, China e Índia, temos que impor uma reforma no sistema econômico, para que tenhamos um potencial interno; uma boa classificação e estruturação para que possam obter o financiamento global, pois apenas com recursos próprios fica muito difícil para manter um nível de crescimento esperado; a segurança alimentar, principalmente no Brasil irá garantir o futuro de milhões de pessoas que serão a classe trabalhadora e investidora; uma reforma agrícola é necessária, para que tenhamos uma intensificação no potencial desses países, pois o Brasil é conhecido mundialmente como agrário. Já a Rússia deve impor melhores preços e qualificação de base energética o petróleo, o potencial da Rússia segundo FLEMES, para que a mesma venha intensificar seu “status” no comercio internacional, tem que manter boas relações entre os importadores de petróleo russo para que tenha um mercado consumidor mais dinâmico.

Em geral, esta pesquisa analisa e conclui que para os países emergentes e/ou em desenvolvimento são importante as relações comercias entre os mesmos para intensificar as relações entre importações e exportações que levam o mesmos a compreenderem melhor o dinamismo da economia. Portanto, o BRIC e os demais acordos firmados, têm o objetivo de implementar os países na economia internacional, tornando os mesmo a cada momento mais competitivos e relativamente mais potentes.

6. Referências Bibliográficas

CLEMENTE, Ademir. HIGACHI, Hermes Y. Economia e Desenvolvimento Regional. São Paulo: Atlas, 2000.

FLEMES, Daniel. O Brasil na iniciativa BRIC: soft balancing numa ordem global em mudança?.Rev. bras. polít. int. [online]. 2010, vol.53, n.1, pp. 141-156. ISSN 0034-7329. doi: 10.1590/S0034-73292010000100008. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S003473292010000100008&lang=pt acesso em:

OLIVEIRA, Paulo Rafael Boeira. Crescimento, progresso técnico e convergências nos BRIC : 1963-03/ Paulo Rafael Boeira Oliveira. – Porto Alegre, 2009. 71f. Disponível em: http://tede.pucrs.br/tde_arquivos/9/TDE-2009-12-08T115634Z-2237/Publico/418931.pdf acesso em:

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