Mesmo antes de se falar em ciclo econômico, já se falava em ciclo comercial, o que preocupava os economistas, fazendo-os começar a estudar tais fenômenos.
Para esta teoria schupeteriana o ciclo econômico é empírico, baseado na experiência histórica. Empresários, em geral, observando o ambiente econômico, percebem se o momento é bom ou não para expandir suas atividades produtivas; os trabalhadores também percebem quando é mais fácil encontrar ou não emprego e os consumidores intuem o momento certo de poupar ou não parte de sua renda.
Uma coisa é certa: os ciclos consistem numa expansão ocorrida ao mesmo tempo nas mais diversas atividades econômicas, seguidas de recessão, contração, recuperação, e expansão do próximo ciclo.
O ponto crucial para o estudo dos ciclos sob a ótica desta teoria são as inovações, com incrementos na técnica da produção, conquista de novos mercados, progresso tecnológico, etc.
Para Schumpeter o termo ciclo significa duas coisas: lucro e crédito. Sem lucro não há acumulação de riquezas e, portanto, nenhum desenvolvimento. Ou seja, o lucro oriundo das inovações é à base da fortuna capitalista. Isto implica em dinamismo econômico. Assim, quando uma empresa começa a obter sucesso, as outras começam a imitá-la. É o chamado efeito dominó.
Importante salientar que o lucro aqui é empresarial, lucro derivado da inovação. Ganha destaque o empresário empreendedor (o pioneiro do processo inovador). Mas, para implementar inovações, necessário se faz capital, e na esmagadora maioria, os empresários tem que buscar crédito nos capitalistas. Para Schumpeter, então, a teoria bancária diz que os bancos em essência, financiam as inovações. Em síntese: o empresário pode até ser seu próprio capitalista, mais isto é raro, normalmente os bancos é quem investem.
A questão fundamental é que quem financia as inovações não é a poupança, e sim o crédito.
As firmas não inovadoras para imitar as inovadoras também têm que tomar capital emprestado e isto é o que esta por trás das oscilações cíclicas.
O período de incorporação das inovações e crédito, Schumpeter chamou de prosperidade. Ocorre que diante desta prosperidade o excessivo aumento da produção vai levando a ineficácia da Lei de Say que diz que tudo que é ofertado é consumido, mas na realidade não é, porque há uma superprodução e um superconsumo. Começam os dados de recessão, onde os preços e salários são baixos o desemprego é alto as empresas entram em falência, principalmente as que não aderiram às inovações.
Schumpeter achou mais realista admitir a existência de vários ciclos e suas inter-relações. E estabeleceu três classes cíclicas: Kondratieff (40 – 60 anos), Juglar (7 – 10 anos) e Kitchin (3 – 4 anos). Kuznets foi quem mais criticou esta teoria.
Enfim, Schumpeter se abstraiu de fatores externos e se dedicou a estudar o empreendedorismo a inovação, o progresso tecnológico, etc.
KALECKI
Concorda com Marx em relação às crises de superprodução, e com Keynes em relação às oscilações da Demanda Efetiva, hoje Demanda Agregada (DA), onde o grau de incerteza, devido as expectativas, orientam o investimento. Ele entende os ciclos como flutuações recorrentes e periódicas da atividade econômica. Este não trouxe muita colaboração para o entendimento.
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